Para glória de Deus, segundo está escrito: "Portanto quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, façais tudo para a Glória de Deus!!!
quinta-feira, 30 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
sábado, 25 de abril de 2015
O caso do espelho Ricardo de Azevedo
Era um homem que não sabia quase nada.Morava longe, numa casinha de
sapé esquecida nos cafundós da mata. Um dia, precisando ir à idade,
passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O
homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas
mãos: – Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui? – Isso é
um espelho – explicou o dono da loja. – Não sei se é espelho ou se não
é, só sei que é o retrato do meu pai. Os olhos do homem ficaram
molhados. – O senhor... conheceu meu pai? – perguntou
ele ao comerciante. O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
– É não! – respondeu o outro. – Isso é o retrato do meu pai. É ele sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito? O homem quis saber o preço. O comerciante
sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho. Naquele dia, o homem
que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando. No outro dia, esperou o marido sair para
trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o
sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando. – Ah, meu Deus! — gritava ela desnorteada. – É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
– Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito
nem a comida. – Que foi isso, mulher? – Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato? – Que retrato? – perguntou o marido, surpreso. – Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira! O homem não estava entendendo nada. – Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito: – Cachorro sem vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira. – Velho lazarento coisa nenhuma! – gritou o homem, ofendido. A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa. – Que é isso, menina? – Aquele cafajeste arranjou outra! – Ela ficou maluca – berrou o homem, de cara amarrada. – Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher! A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato. Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada. – Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e
desdentada que eu já vi até hoje! E completou, feliz, abraçando a filha: – Fica tranqüila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!
ele ao comerciante. O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
– É não! – respondeu o outro. – Isso é o retrato do meu pai. É ele sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito? O homem quis saber o preço. O comerciante
sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho. Naquele dia, o homem
que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando. No outro dia, esperou o marido sair para
trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o
sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando. – Ah, meu Deus! — gritava ela desnorteada. – É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
– Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito
nem a comida. – Que foi isso, mulher? – Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato? – Que retrato? – perguntou o marido, surpreso. – Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira! O homem não estava entendendo nada. – Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito: – Cachorro sem vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira. – Velho lazarento coisa nenhuma! – gritou o homem, ofendido. A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa. – Que é isso, menina? – Aquele cafajeste arranjou outra! – Ela ficou maluca – berrou o homem, de cara amarrada. – Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher! A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato. Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada. – Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e
desdentada que eu já vi até hoje! E completou, feliz, abraçando a filha: – Fica tranqüila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!
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sábado, 18 de abril de 2015
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3:12-14
quarta-feira, 15 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
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